Eu ainda deixava a infância,
uma vez meu
convidou uns amigos
pra visitarem a nossa casa de campo.
Palavras mantidas a certa distância
diziam do amigo de um amigo
que veio também:
- Ele é deprimido,
toma remédios.
Pra mim
ele era um homem que sentava na cadeira e olhava pro longe...
Hoje
eu olho pro longe aonde a memória não compreende.
Hoje você
pra mim
é a terceira pessoa do singular.
Eu não sei
como fui crescer um rapaz assim
e você
mais do que uma ausência, omissão
no solo árido de antepassados nossos.
Daqui
eu me sinto como se estivesse sozinho.
sábado, 5 de setembro de 2009
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Um comentário:
mas você não está...
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