Em meu quarto imerso em breu, paredes,
seus pequenos vincos e arestas se
mesclam indistinguíveis uns dos outros,
distantes nas pupilas de meus olhos.
No enjôo que sinto de ausência e vinho
guardo com afeto o possível vômito
em meu estômago, como o apego
com que me guardas em garras de esmalte
vermelho à cor de meu próprio sangue.
E se ligados por cor vital sei
do meu sangue, das tuas garras, só
no que em mim é breu posso sentir
o vazio cravado na minha pele.
Longe de ti, adormeço, e não sonho.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
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Um comentário:
Um poema feito de passado, que comecei a escrever ano passado, pelo passado.
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